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Bate-papo de Finanças promove análise da conjuntura econômica deste 1º semestre

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- - Foto: Divulgação/Sefaz-Tesouro do Estado

O Tesouro do Estado realizou na quinta-feira (9/9), o 5º Bate-Papo de Finanças. O evento aconteceu em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon RS) e o tema da edição foi a Conjuntura Econômica do 1º semestre de 2021. O encontro foi transmitido pelo Facebook da Secretaria da Fazenda do Estado e pelo Facebook e YouTube do Corecon RS.

Na abertura do evento, o subsecretário adjunto do Tesouro, Eduardo Lacher, destacou a importância de encontros similares. “Cumprimos aqui nosso papel de colaboração para compreender o ambiente econômico e financeiro, predizer movimentos, analisar a conjuntura que deverá nos impelir a projetar e planejar os melhores caminhos para o nosso Estado”.

Na mensagem de boas-vindas, o presidente do Corecon RS, Mario de Lima, ressaltou a parceria para que economistas de todo o Estado tenham à disposição um fórum confiável e de competência para a discussão da economia regional e nacional.

A painelista convidada Maria Juliana Fabris, analista e coordenadora do Departamento Econômico do Banco Central em Porto Alegre, apresentou dados do Boletim Regional, uma análise das regiões e de oito Estados do país, entre eles o Rio Grande do Sul. O indicativo mostra o ciclo de crescimento econômico entre 2010 e 2014, a crise que chegou a partir de 2015, com recuperação moderada a partir de 2017, e o avanço negativo ainda mais forte com a pandemia em 2020.  Em 2021, a análise de dados do Índice de Atividade Econômica Regional aponta a recuperação de setores da indústria e produção agrícola com maior força, e mais tímida na indústria, comércio e serviços.

Em um índice de comparação de confiança dos agentes econômicos, comércio e indústria já se mostram otimistas com relação à recuperação. No entanto, por parte das famílias que compõem a massa de consumo, ainda se mantém o pessimismo. A cautela se justifica tanto na análise da ocupação dos brasileiros como na capacidade de consumo. “Os resultados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) mostram que a taxa de desemprego ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2021. Esse percentual representa uma queda de 0,6 p.p. com relação ao trimestre anterior, mas uma alta de 0,8 p.p. na comparação com o mesmo período de 2020. Já os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, mostram que brasileiros recuperaram entre abril em julho, 316.580 vagas de emprego com carteira assinada”, explicou Juliana Fabris.

O segundo painelista do evento foi Fernando Lara, economista da Divisão de Estudos Econômicos e Fiscais e Qualidade do Gasto do Tesouro e professor da Unisinos. Ele apontou a importância de utilizar dados disponíveis para aprimorar análises que podem nortear ações e explicar a conjuntura econômica. Como exemplo, ele mostrou apontamentos da própria Secretaria da Fazenda que indicam que, antes da pandemia, o valor médio das notas fiscais ao consumidor emitidas no Rio Grande do Sul estava em R$ 353 milhões diários. Nos últimos 75 dias disponíveis, o valor médio foi de R$ 423 milhões diários. "Para compreender o que isso significa em termos de uma intensidade de recuperação, é preciso levar em conta o crescimento dos preços no período. E nesse aspecto observamos que, apesar de a inflação oficial estar em torno de 10% outros índices apontam para bem mais. Portanto, uma boa parte desse crescimento das despesas reflete aumentos de preços".

Além do crescimento geral, Lara observa também a grande disparidade da evolução entre diferentes preços, favorecendo por exemplo os combustíveis e os preços agropecuários, em detrimento dos serviços. E este movimento se reflete também em alguns aspectos da recuperação da produção. “Os dados relativos à atividade econômica divulgados pela Sefaz/RS mostram que a indústria gaúcha também encontra-se em processo bastante forte de recuperação, com participação de máquinas agrícolas. Isto contrasta com o desempenho do comércio e do mercado de trabalho, que também voltaram a apresentar evolução, porém de forma mais lenta”, analisa. Para o economista, a palavra-chave que define a situação conjuntural é contraste.

 

Assista aqui o 5º Bate-Papo de Finanças. 

 

Texto: Ascom Sefaz/ Tesouro do Estado

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